domingo, 1 de agosto de 2010

o beijo dos sonhos;

ela estava anciosa, ficou o tempo todo roendo as unhas e andando de um lado pro outro dentro do quarto. olhou o relógio, nem percebera que o tempo havia passado. não disse nada, vestiu o casaco e saiu ás pressas pra rua. tinha marcado com ele as 16 horas, na ponte da praça. eram 15:47. o céu estava nublado e a chuva começava a cair devagar. apertou o passo, vestiu o capuz, atravessou a rua. chegou, olhou pro relógio: 16:02. sentiu a anciedade tomar conta de seu corpo. ficou parada alguns minutos. 16:15 e ele ainda não havia chegado. será que não viria? a chuva começou a ficar forte mas ela não se moveu. ficou aflita mais alguns instantes quando olhou á direita. ele estava vindo! sentiu o coração querendo pular de sua garganta. respirou fundo, foi cumprimentá-lo. fazia dois meses que não se viam, e ele acabava de voltar de viajem. se abraçaram. ele puxou-a até uma lanchonete ali perto e tomaram um café quente, enquanto ele lhe contava sobre o término com a ex namorada. estava abatido. ela o consolava. tocou em seu rosto, desceu sua mão e segurou a dele. disse que estava com saudade. - também estava com saudade de você - ele disse, e sorriu. ele percebeu que as bochechas dela estavam vermelhas, e brincou com ela. ela sentia seu sangue agora ferver, mas disfarçava. a chuva estava virando tempestade e as lâmpadas da velha lanchonete estavam piscando. - melhor sairmos daqui. - disse ele. - você está louco? olhe o tempo lá fora! - disse ela apontando pra janela. - você é de açucar? - disse ele, com olhar de desafio. levantaram, pagaram a conta e sairam. estavam a algumas quadras da casa dele. ele vestia uma camiseta branca, agora ensopada e transparente, por baixo do casaco bege aberto. chegaram, sentaram nos degraus. conversaram mais um pouco, riram bastante. ela tremeu. estava com frio. olhou no relógio: 18:59. - preciso ir, disse ela. -levantaram-se, ele tocou seu rosto. - você está gelada! - bem.. você me fez correr 6 quadras embaixo da chuva, o que esperava? - respondeu ela, sorrindo. ele a envolveu com seus braços, e pode sentir o corpo dela tremer. mas ela não tremia de frio. ela respondeu o abraço, colocando delicadamente seus braços sobre suas costas. encostou a cabeça em seu peito, e pode ouvir seu coração. também estava acelerado. levantou o rosto e ficou olhando pra ele sem dizer uma palavra. seus rostos começaram a se aproximar, ela cerrou os olhos. quando sentiu os lábios dele tocarem os seus, um turbilhão começou a subir pelo seu corpo, seu coração batia forte, ela sentia agora o calor corar suas bochechas. envolvida pelos lábios mais macios que já havia beijado, perdeu o chão, e viu o beijo se estender por uma eternindade. ela sorriu, e o apertou forte. sussurrou: - por que você demorou tanto? - ele esboçou um sorrio entreaberto, e meio sem jeito respondeu: - eu não fazia idéia... - não precisa dizer nada, - interroumpeu ela tapando a boca dele com dois dedos. - você está aqui agora. e é só o que importa. - ele a apertou contra o seu corpo. - ela disse: - diz que vai ficar? - ele abriu aquele sorrisão largo, os dentes brilhando, e olhava direto em seus olhos: - se eu ficar, você fica comigo? - beijaram-se. um beijo quente e molhado da chuva. e naquele momento não foi preciso dizer mais nada. despediu-se dele com a promessa de voltar no outro dia. seguiu pela rua, feliz, não podia estar melhor. recebera o beijo de seus sonhos. ela estava apaixonada. e era correspondida!

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