sexta-feira, 23 de julho de 2010

eu apenas sei

entraram no quarto. ela estava parada, em frente a cama; ele se sentou, puxou-a pelo braço fazendo gracejos, gostava tanto quando ela sorria.
sentados um ao lado do outro agora, ela mexia no cabelo dele. movendo-se devagar parou sobre a sua frente. ele olhou sério para ela. entre-lábios; murmurou:
- como você sabe que é amor?
ela chegou mais perto. beijaram-se. como seus lábios eram macios, foi só o que ela conseguiu pensar.
as mãos dele acariciavam-na lentamente, e ela podia sentir seus pelinhos do braço arrepiados, e os calafrios que vinham do início das costas até sua nuca. deitou-se sobre ele. beijavam-se agora de maneira terna, delicada. cuidadosamente foi despindo-o, depois, despindo-se. ela arrava-lhe as costas, e o acompanhava num ritmo calmo e aconchegante. - como é bom te ter aqui, - pensou ela. - melhor ainda te ter nos meus braços. e apertou seu corpo contra o dele. se olharam por alguns segundos. ouvindo as batidas do coração dele agora se acelerarem, sorriu. cerraram os olhos. ela pode sentir aquela explosão de felicidade delirante formigando, subindo e contornando todo o seu corpo, deixando-a trêmula, e olhar resplandecente. rolaram deitados e se entrelaçaram ofegantes e relaxados.
passado alguns segundos, sentou de frente a ele, ainda deitado, abriu um sorriso enorme nos lábios, e disse:
- eu apenas sei.
- mas como? - ele perguntou.
- por que o amor é quando a gente mora no outro.
ele sorriu. foram dormir.

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