sábado, 6 de novembro de 2010

chuva

a chuva bate lá fora, as pequenas gotas deslizando sobre a minha janela, o barulho conhecido da respiração conjunta dentro das conchas do mar. água é sempre sinônimo de nostalgia. água me faz querer levitar. cheiro de terra molhada entrando sorrateiramente pela fenda da janela, vento gelado assobiando no ranger da madeira, o céu se iluminando de raios e o barulho de explosão invadindo meus tímpanos. a água gelada em contato com a pele quente, as gotas cobrindo o organismo, os cabelos molhados batendo nos ombros, as roupas coladas na pele ainda quente e úmida.
a chuva é o único movimento que é capaz de despertar serenidade e selvageria.
sedução e agressividade.
vivacidade, e calmaria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário